Como as métricas têm ajudado a cuidar da minha saúde
Há alguns anos eu sofro de enxaqueca, uma doença que causa dor de cabeça e outros sintomas no corpo dependendo do tipo e da intensidade. Pelo o que eu me lembro, eu tenho fortes dores de cabeça desde 2015, mas só fui identificar a doença anos depois.
Atualmente, eu faço tratamento médico acompanhado por um neurologista e tenho tido bons resultados com o uso de medicação e, acredite, o meu conhecimento em métricas tem me ajudado muito no meu tratamento. É sobre isso que eu quero te contar neste texto.
Em um texto do ano passado, eu expliquei melhor sobre métricas e a sua importância. Recomendo que você leia este texto para entender melhor o que são métricas e o valor que ela tem no dia a dia de vida e de trabalho. Vai fazer sentido a leitura para entender a relação que métricas tem no cenário de dor de cabeça.
Vou só resgatar aqui o que caracteriza uma métrica:
- É uma unidade de medida: assim como xícara, ml, gramas (g), graus Celsius (°C), cm;
- Equivale a um valor: número inteiro, decimal, porcentagem (%);
- Está associda a um contexto: usada para acompanhar algo;
Dito isso, entra o contexto no qual eu estou vivendo: os episódios de enxaqueca.
Eu li o livro "Dor de cabeça: o que ela quer com você?" (do Dr. Mario Peres) e existe um capítulo muito interessante onde o autor cita que é intessante monitorar eventos de enxaqueca porque:
"A mémoria da dor é muito traiçoeira, assim, apenas a lembrança pura e simples, sem anotação dos dias em que a dor apareceu, sua duração e intensidade, pode não representar a realidade."
Como assim monitorar?
Registrar em algum lugar (documento, planilha por exemplo) quando foi o episódio de dor de cabeça, a intesidade da dor, os sintomas que você percebeu que vieram junto com a forte dor de cabeça. Ou seja, construir um diário de dor.
Como enxaquecosa que sou, vale dizer que além dos episódios de enxaqueca, eu também tenho dor de cabeça que se difere em vários aspectos em relação a enxaqueca. Para você ter uma ideia, quando eu tenho enxaqueca eu convivo com uma dor de cabeça extremamente forte, tontura, enjoo, sensibilidade a luz e movimento, entre outros sintomas. Mas quando eu tenho dor de cabeça, a dor em si é o principal sintoma e é de uma intensidade bem menor que a enxaqueca. Por isso, eu precisei fazer um diário de dor que registrasse a incidência da enxaqueca e da dor de cabeça.
E onde entra a métrica nessa história?
Eu comecei a registrar em uma planilha o mês e quantas vezes eu tive enxaqueca e dor de cabeça (imagem). A quantidade se tornou a minha métrica. Logo, eu comecei a ter uma visão mensal dos episódios de dor e eu tinha um registro fiel para levar para o meu médico avaliar a performance da medicação: precisava aumetar a receita ou não para conter os episódios de dor?
Ou seja, eu usei da quantidade de episódios de dor para ter uma noção do cenário em que eu me encontrava e em cima da métrica o neurologista tomava a ação/decisão de alterar ou não as propriedades da receita.
✨ Métrica é uma “ferramenta” para monitorar um cenário e eu estava fazendo exatamente isso comigo mesma. ✨
Se eu não tivesse essas informações anotadas, eu e o neurologista tomaríamos decisões imprecisas e baseadas no que eu achava que tinha vivido.
E pode existir um abismo entre achar e ter certeza.
Percebe o quanto o dado é determinante durante um acompanhamento médico? E não só para acompanhamento médico, também para entender a saúde do seu produto ou serviço.
Sinto que estamos no caminho certo e ajustando segundo resultados que podem ser acompanhados.
Existem vários aplicativos que permitem que você acompanhe alguns momentos de vida do seu corpo, como ovulação, gravidez e sintomas de pacientes com câncer (WeCancer) por exemplo. Tá aí uma das maravilhas de unir saúde com tecnologia, né?
Como as métricas acompanham o seu dia a dia? Já parou para pensar nisso? Deixa aí nos comentários o quanto métrica é importante para você.
Texto escrito ao som de Mariah Carey.
